Prs. Vladimir e Ester Soares
"O Que Santifica o Patrimônio Não é o Óleo;
O Que Santifica o Patrimônio é o Dízimo!"

Pr. Vladimir Soares

            Muitas são as pessoas que ao comprarem um novo carro, ou mesmo uma casa, ou uma máquina nova, uma loja, em fim, adquirem um patrimônio ou bem de consumo. Chegam até a nós e pedem para que consagremos tais coisas com a oração e a unção com óleo. Contudo, na Bíblia Sagrada iremos perceber que o que santifica um patrimônio não é a oração ou mesmo a unção com óleo, é o dízimo.

            A oração com óleo consagra pessoas e não coisas. Quando unjo as ombreiras da minha casa, estou consagrando não a casa, mas o meu lar; a casa é feita de cimento, tijolos e areia, o lar porém é constituído de pessoas, amor e respeito.

            O dízimo é o imposto estabelecido por Deus. A palavra imposto vem do latim “impositu”. Este adjetivo quer dizer: feito aceitar ou realizar à força; tributo, contribuição, ônus; contribuição monetária direta ou indireta. Por esta razão que Jesus ao ser interrogado se deveriam àquelas pessoas pagarem ou não o imposto a César, Ele ainda acrescentaria: “daí a César o que (é devido) de César, e a Deus o que (é devido) a Deus (Mateus 22:17-21). Para Jesus deslegitimar o imposto de um governo era tão ilegal, quanto deslegitimar um imposto que é divino, por isso vamos vê-lo pagando também o imposto devido a César. Mateus 17:24-27  diz: “24 Tendo eles chegado a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e lhe perguntaram: O vosso mestre não paga as didracmas?25 Disse ele: Sim. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, perguntando: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra imposto ou tributo? dos seus filhos, ou dos alheios?26 Quando ele respondeu: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Logo, são isentos os filhos.27 Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir (primícia) e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-lho por mim e por ti”.

            1. Pagamos Dízimos Porque Somos Filhos do Rei.

            É esta a pergunta que Jesus faz a Simão Pedro e reconhece que Roma não era e nem é a mãe da terra! Nós somos filhos de Deus (Jo 1:12); e habitamos em um universo que foi criado por Ele. Assim sendo, não há nada que uma pessoa possa vir a ter, receber, dar ou vender de que não se tenha o dízimo a ser pago ao grande Rei.

            2. Pagar Dízimos é Fruto de Aliança Com Deus. Este termo é o termo mais nítido no relacionamento de Deus com os homens e entre os seres humanos: aliança. Alguns cristãos só conseguem ver a aliança que usam em seu dedo anular, mas tudo que gira em torno do mundo é fruto de alianças. Aliança de Deus com os homens (Gn.9:9-17), aliança entre o homem e o homem (ser humano) (1º Sm.11:1-3). Jesus quando se apresenta como o Cordeiro Pascal, ele proclama no seu próprio sangue, a nova e eterna aliança (Lc.22:20). Jacó estabeleceu em sua vida o dízimo como aliança: “e a pedra, que erigi por coluna, será a casa de Deus, e de tudo quanto me concederes, certamente eu darei o dízimo” Gn. 28:22. Ali se estabeleceu um princípio, Jacó seria o pai dos doze príncipes que governariam as doze tribos de Israel, ou seja, um estadista. E como Deus é sempre fiel nas alianças, Ele permitiu que Jacó voltasse a Betel e cumprisse o que havia dito e desde então os dízimos passaram a ser trazidos ao templo onde estavam tanto o sacerdote como o altar (Ml. 10:10). De nada adianta trazer dízimo e não se ter aliança com o altar que o abençoa e o ministério que lhe cobre; como também de nada adianta dizer que se tem aliança com o altar e o ministério e não cobrir o altar com os dízimos e as ofertas. Dízimo não se dá, dizimo não entrega, dízimo se paga porque é imposto de Deus.

            3. Eu Não Posso Administrar os Dízimos. “Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor”. (Nm. 18:21; Dt.12:6; 14:28; 26:12). Há pessoas que são tão “generosas”, que chegam a dizer: “não, eu não vou pagar os dízimos na igreja porque ela não precisa! Eu vou dá-los para o missionário, o necessitado, ou àquela igrejinha pobre ali da esquina”. Seria o mesmo que Jesus concordasse com os revoltosos e dissesse: “é, realmente não é inteligente pagarmos as didracmas, por que esses reis alheios não são nossos pais. E eu acho também que eles não estão aplicando bem naquilo que deveriam aplicar. Por isso, vamos pagar o imposto direto ao povo: vamos iniciar o ministério “Robin Wood Gospel”! E aqueles que se lembrarem dessa estória lembrarão também que apesar de parecer romântico, este personagem era um ladrão.

            Dízimo é trazido e pago aonde eu sou alimentado e com quem eu tenho aliança! Se quero participar de qualquer outro projeto missionário ou beneficente, posso fazê-lo, desde que seja com uma oferta que saia dos 90% que Deus me permitiu administrar.

            4. Os Dízimos São Separados Após a Primícia. A oferta da primícia é a primeira coisa que sai de minha receita, e a segunda é o dízimo. “Logo que se divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram em abundancia as primícias do cereal, do vinho, do azeite, do mel e de todo produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundancia” (Ne. 10:38; 12:44; 13:12). Aqueles eram dias de restituição, reconstrução de um país que estivera subjugado ao domínio estrangeiro. Havia inflação, pouco auto-estima, falta de verdadeiro patriotismo. E assim como Neemias ordena que os muros fossem reconstruídos para protegerem Jerusalém, os bens, a família e a vida precisavam também de muros. E estes muros são as ofertas e os dízimos. Muitos, vivem sendo furtados e subjugados pelos juros dos cartões de créditos, cheques especiais, bancos e até mesmo agiotas, por que não construíram esses muros e agora pagam o imposto a reis estranhos. Era isso o que acontecia nos dias de Jesus, Israel havia quebrado tantos princípios que outra vez, havia parado nas mãos de reis que não eram os seus pais. Mesmo assim Jesus pagou toda dívida, e por fim na cruz riscou todo escrito de dívida que havia contra nós, cravando-os na cruz do Calvário (Cl.2:14).

            5. Somente os Dízimos e as Ofertas Paralisam as Maldições da Terra e Abrem as Janelas dos Céus Sobre os Filhos e as Filhas de Deus. Com o pecado do homem, a terra foi amaldiçoada e até o mesmo o trabalho do homem para o seu sustento, tornou-se uma forma de maldição. O trabalho é para o puro sustento. Para quebrarmos essa maldição sobre a terra, tudo o que ela produz e que se torna agora nosso patrimônio, precisa ser santificado pelas primícias e pelos dízimos e, a unção vem transformando a maldição em bênção. Malaquias 10:10 - “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto diz o Senhor dos Exércitos, seu eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênçãos sem medida”. Leia ainda: Mt.23:23; Lc.18:12.

            Então não se esqueça! Você viu aqui: 1) Pagamos Dízimos Porque Somos Filhos do Rei;  2) Pagar Dízimos é Fruto de Aliança Com Deus; 3) Eu Não Posso Administrar os Dízimos; 4) Os Dízimos São Separados Após a Primícia; 5) Somente os Dízimos e as Ofertas Paralisam as Maldições da Terra e Abrem as Janelas dos Céus Sobre os Filhos e as Filhas de Deus.

            Agora o Senhor mais uma vez nos diz: Deuteronômio 11:26 “Vede que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição:27 A bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu hoje vos ordeno;28 porém a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que eu hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que nunca conhecestes”.
         

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