"A Unção do Governo"

   Pr. Vladimir Soares

 
As Nove Unções de Governo Liberadas no VT.

O vernáculo “governo” na Bíblia encontrará primeiramente suas raízes no hebraico.

(1) “nagid” – pessoa responsável, não importando a sua capacidade: como mordomo do palácio real (2 Cr.28:7; 1 Rs.4:6), o príncipe, presidente do templo (1 Cr.9:11 e Jr.20:1), o chefe do sacerdócio arônico (1 Cr. 12:27), o oficial encarregado dos tesouros sagrados, os capitães do exército (1 Cr. 13:1), o rei (1 Sm.9:16), o Messias (Dn. 9:25).

O segundo (2) “nasi” que quer dizer: exaltado, engrandecido. Usado para denotar os príncipes das famílias (Nm.3:24,30,32,35); também os príncipes das tribos (Nm. 2:3; 7:2; 3:32). Esta honra era bem eletiva e não hereditária.

O terceiro (3) “pakid”, que poderia ser um oficial ou magistrado. Era utilizado para delegar o sumo sacerdote (2 Cr. 24:11), os levitas (Ne. 11:22), um comandante militar (2 Rs. 25:19), como José designou administradores para ele no Egito (Gn.41:34).

O quarto vernáculo (4) será “shallit”, que significa aquele que tem poder, aquele que governa (Gn.42:6; Ed. 4:20; Ec. 8:8; Dn. 2:15; 5:29).

O quinto (5) “aluph”, literalmente “aquele que é colocado sobre milhares”, que poderia ser um clã ou uma subdivisão de uma tribo. Como aconteceu com os filhos de Esaú (Edom) que se tornaram príncipe sobre seus clãs (Gn.36:14-43) e os líderes judeus (Zc.9:7).

O sexto (6) “moshel”, “aquele que governa”, “aquele que domina”, usado em diversas formas diferentes de governo (Gn.3:16, 24:2; 45:8; Sl.105:20); o governo do Messias (Mq.5:2); de Deus (1 Cr. 29:12; Sl.103:19).

O sétimo (7) “sar”, “o governador ou chefe”; uma palavra de uso bem amplo. É usada para o padeiro-chefe de faraó (Gn.40:16); para o copeiro-chefe (Gn.40:2,47:6; Ex.1:11; Dn.1:7; Jz.10:18; 1Rs.22:26; 20:15; 2Rs.1:9; 2 Sm.24:2). Também usado para designar os anjos guardiões (Dn.10:12,20-21; 12:1; 10:13; 8:25).

O oitavo (8) “Pehah, whence pasha”, “amigo do rei, assistente, governador da província” (2 Rs.18:24; Is.36:9; Jr.51:1; 52:34; Ez.23:6,23; Dn. 3:2; Ed. 3:12), domínio do governador (Ne. 3:7; 5:14; Ed.5:3; Os.1:1). Esta é uma palavra estrangeira, da Assíria, que logo foi adotada no idioma hebreu (1 Rs.10:15).

O nono (9) vernáculo é “segan”, está palavra caldeia é aplicada para os governadores sádrapas da Babilônia (Dn.3:2,27; 6:7); governador sobre os magos (Dn.2:48). A palavra hebraica correspondente a “segan” a governadores provincianos (Jr.51:23,28,57), também aos chefes e governadores do povo de Jerusalém (Ed.9:2; Ne.2:16; 4:14,19; 5:7,17;7:5;12:40).

Essas nove palavras dão sentido ao que Isaias descreveria para acrescentar ao vernáculo Moshel a sumarização de todos os sentidos de governo jamais conhecidos. A palavra diz que “o governo está sobre ele”, isto é, a unção do governo. Isaias ainda profetiza o aumento do seu governo, certamente profetizando uma nação de reis e sacerdotes que dominarão sobre a terra. Declara que o seu governo está estabelecido e firmado, mediante o juízo e a justiça, para sempre.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto”. Is.9:6,7

Yeshua Ha Ma Shea, é o ungido de Deus como aquele que traz o governo sobre os seus ombros. O sumo sacerdote em suas vestes trazia sobre seus ombros duas pedras, como divisas de um comandante, e nelas escritos os 12 nomes das tribos, apontando para o memorial e o governo sobre o povo (Ex.28:12).

O que vamos perceber é que gradativamente Jesus ia delegando parte dessa unção de pleno governo aos seus discípulos:

1) Autoridade sobrenatural, para operar os sinais: “...E estes sinais seguirão aos que crerem...”.

2) Sobre o maligno: Lucas 10:19 “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”. Mc.16:17 “17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios...”

3) Sobre o Mal: “Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum;”

4) Revestimento do Espírito Santo: Mc.16: 17b “...falarão novas línguas”. At. 1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra”.

5) Sobre as Enfermidades: Mt.10:1 “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal”.

O maior questionamento que os religiosos faziam a respeito do Senhor Jesus, era com respeito a sua autoridade, que as multidões reconheciam como vinda da parte de Deus (Mt.21:23-25). E esta autoridade dada por Deus, chama-se “governo”, e como se trata de uma unção liberada por procuração divina, Jesus antes de sua ascensão chama os seus doze e lhes diz: “...Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” Mt.28:18). Em seguida ele libera o governo para estabelecerem discípulos livres da influencia demoníaca, da ignorância, das enfermidades e das hoste de maldade.

As Nove Unções de Governo Liberada Por Jesus Aos Seus Discípulos, Contêm:

1. “nagid” A unção de governo sobre as riquezas. Somos mordomos de Deus, gerenciando o seu Reino aqui na terra. Somos os encarregados dos tesouros sagrados do Reino de Deus. Por isso, todo espírito de miséria precisa ser pisado e repudiado em Nome de Jesus, pois o Senhor nos deu o governo sobre as riquezas.

2. “nasi” . Autoridade para administrar. Somos príncipes e princesas de Deus, eleitos no Senhor Jesus. E como nobres, a unção de governo nos dará projetos nobres e perseverança em nossa nobreza. Foi liberada sobre a igreja a unção de excelência e extravagância!

3. “pakid”. Autoridade para delegar. Esta unção de governo, levantará através de nós discípulos com caráter de domínio e governo, para administrarem o Reino de Deus no mercado. Nas faculdades, escolas, empresas, escritórios, comércio, bancos, governos, etc... O governo de Deus chega a está terra através da unção que o Senhor confiou a sua Igreja. Por isto, esta será uma geração que se posicionará nos lugares de comando desta terra.

4. “shallit”. Este governo tem a unção de poder e autoridade. Na certeza de que aquilo que ligamos ou desligamos na terra, é ligado ou desligado no céu. Aquilo que falarmos será. Aquilo que abençoarmos, abençoado será. Aquilo que condenarmos, condenado será. A benção se estabelecerá pelo decreto que sair de nossa boca!

5. “aluph”. O governo das multidões. Esta é a geração que está sendo colocada sobre os milhares e milhares que o Senhor nos tem dado. Pais de multidões inumeráveis! O mesmo governo dado um dia a Adão para governar os milhares de pássaros, répteis, peixes, animais do campo, árvores e sobre toda a criação de Deus. Agora, este governo se aplica também às nações, etnias, governos e povos.

6. “moshel” O governo divino na unção do Espírito Santo. A unção de domínio é dada aqui para os mais diferentes exercícios de governo. Prepare-se para ver crentes vitoriosos nos mais diferentes postos de comando e governo. É tempo desta geração se levantar e se preparar como Daniel, para legislar sobre as nações (Caldeus,Medos e Persas).

7. “sar”. A unção de governo sobre territórios. Assim como Deus usa anjos para proteger territórios e povos. A unção de governo será tão grande, que trará proteção aos lares, locais de trabalho, ministérios, cidades, estados, nações. Outra vez como Daniel, mobilizaremos anjos guardiões que guerrearão por nossa intercessão, livrando a terra da influencia de principados da maldade.

8. “Pehah, whence pasha”. Esta unção de governo literalmente tomará os municípios, os estados e a nação. E seremos conhecidos como os “amigos do rei”, diferente de sermos amigos de políticos e idéias, seremos os amigos do Rei dos Reis, Senhor dos Senhores. E a nação conhecerá os princípios da Palavra de Deus.

9. “segan”. O governo sobre o mundo secular e sobre a ação de demônios na terra. A unção desse governo sujeitará a nós os magos, os feiticeiros, os bruxos, encantadores, idolatras. Como nos dias de Daniel, o governo estará sobre os nossos ombros, e literalmente as forças do inferno serão paralisadas e monitoradas pela Igreja do Deus vivo! “para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais”, Efésios 3:10.

Este é o ano do governo, domínio e multiplicação. É o ano onde o Ministério Comunidade Evangélica Vitória, adquiri a maior idade profética – 12 anos. Este é o tempo onde a unção dos pais é transferida aos filhos, e somos ordenados a olharmos também para as estrelas do céu e areia do mar, para entendermos que primeiro acontece no sobrenatural, para legitimamente ser conferido no natural. A unção do governo está sobre o ministério. E tomamos posse dela em nossa maturidade, para não a utilizarmos mal como Sansão, mas trazendo em primeiro lugar a “unção do governo” sobre nossas próprias vidas, família, vida financeira, saúde e ministério. E depois, a todos e a tudo a nossa volta, influenciaremos com a unção do governo.

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